17/10/2013
Manifestantes acusam Instituto Royal de maus-tratos a cães da raça beagle.
Boatos de que haveria retirada de animais levaram mais gente ao local.
Fernando Cesarotti
Do G1 Sorocaba e Jundiaí
Manifestantes tentam evitar possível retirada de animais do laboratório (Foto: São Roque Notícias)
Cerca de 20 manifestantes fazem nesta quinta-feira (17) mais uma manifestação para bloquear os portões do laboratório Royal, em São Roque (SP), que é acusado de maus-tratos contra animais, especialmente cães da raça beagle, ao realizar testes de produtos cosméticos e farmacêuticos. O protesto acontece desde o último sábado (12), mas ganhou novas adesões nesta quinta-feira por causa de boatos de que a empresa estava preparando a retirada e o sacrifício dos animais, depois que três vans e um caminhão de pequeno porte entraram no laboratório durante a tarde. Nas redes sociais, internautas prometem se juntar ao protesto durante a noite.
Uma reunião estava marcada para o fim da tarde desta quinta-feira, com a presença de ativistas dos direitos dos animais, funcionários da prefeitura e representantes do laboratório. O encontro foi cancelado porque a empresa enviou e-mail informando que não ia mandar um representante, temendo por segurança, e depois que os ativistas decidiram ir embora para reforçar o bloqueio dos portões.
Os manifestantes impedem a saída de veículos do laboratório sem que antes façam uma vistoria para saber se há cães. Houve um princípio de confusão porque um dos motoristas se negou a abrir o carro para que os ativistas olhassem dentro, e depois recuou, sem sair do local. A Guarda Municipal enviou quatro viaturas ao local, duas em cada um dos portões da empresa, mas diz que até agora não houve nenhum tumulto ou registro de atos de violência. O G1 não conseguiu falar com representantes do laboratório - nenhum dos telefones atendeu.
Entenda o caso
Em seu site, o Royal informa que os testes de citotoxicidade que realiza são “interessantes por serem rápidos, envolverem baixo custo e permitirem a avaliação de diversos alvos celulares (...) possibilitando a ampliação do conhecimento sobre os efeitos citotóxicos causados por agentes químicos e a estimativa destes efeitos em humanos”.
O imbróglio vem desde o ano passado, quando houve a primeira manifestação de defensores dos direitos dos animais contra o Royal. Os beagles são usados, segundo o laboratório, porque são dóceis, de médio porte e fácil manejo, além de serem uma raça pura, menos sujeita a variações genéticas - o que tornaria o resultado dos testes mais exato. O Ministério Público de São Roque investiga o caso, mas ainda não foi feita nenhuma acusação formal contra o laboratório.
fonte:
http://g1.globo.com/sao-paulo/sorocaba-jundiai/noticia/2013/10/ativistas-bloqueiam-portao-de-laboratorio-em-sao-roque.html
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