Nota: o texto tem um pequeno equívoco. O nome do local macabro na Unicamp é CEMIB e não CEMIG
João
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CAMPINAS
Unicamp reforça segurança para evitar invasão
Universidade teme que o Cemig seja ocupado por grupos de defesa do direitos dos animais
20/11/2013 - 06h45 | Cecília Polycarpo
cecília.cebalho@rac.com.br
Foto: Janaína Maciel/Especial a AAN
Acesso ao Cemig foi fechado e segurança fazem a vigilância do prédio
A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) reforçou a segurança do Centro Multidisciplinar para Investigação Biológica na Área da Ciência em Animais de Laboratório (Cemib) após grupos de defesa do direitos dos animais ameaçarem, pelas redes sociais, invadir o prédio e libertar camundongos usados em testes. Desde segunda-feira (18), dois guardas da vigilância patrimonial do campus controlam quem passa pela via de acesso ao centro. Uma viatura e cones também foram colocados para obstruir a rua.
No próximo sábado, representantes de organizações não governamentais (ONGs) de Campinas farão um protesto em frente ao Cemig contra a utilização de animais nos experimentos. Em nota oficial, a Unicamp confirmou que as medidas foram tomadas nesta semana por causa das ameaças na internet.
Prevenção
Segundo o comunicado, o reforço é para “evitar a depredação do patrimônio público”. Desde a semana passada, o grupo Frente pela Libertação dos Animais posta mensagens no Facebook sobre uma possível invasão. O movimento foi o mesmo que participou da ação que libertou 178 cães da raça beagle do Instituto Royal, em São Roque (SP), no dia 24 de outubro..
Porém, o presidente do Conselho Municipal de Proteção e Defesa dos Animais de Campinas e um dos organizadores da manifestação, Flávio Lamas, afirmou que o ato será pacífico e que não há intenção de sequestrar os bichos. “Ninguém está pensando em invadir o Cemig, ninguém foi chamado para isso. A Frente pela Libertação dos Animais não tem ações na cidade”, explicou.
Reivindicação
Segundo Lamas, o protesto será para reivindicar mais transparência em relação às atividades que ocorrem no centro. Lamas afirmou que a Unicamp é uma das poucas instituições de Campinas que não informam em quais e quantos animais são feitos os testes. Ainda de acordo com o ativista, os experimentos feitos no Cemig são “misteriosos”.
“A Unicamp é a única universidade que não mostra evolução neste sentido. Queremos iniciar uma conversar para avançarmos no assunto de testes com animais”, completou Lamas. No último sábado, o ativista organizou outro protesto em frente ao Campus 2 da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), na Avenida John Boyd Dunlop, contra o uso de animais em aulas de cursos da área da saúde. A manifestação, que durou cerca de uma hora e meia, terminou com uma conversa entre os ativistas e o pró-reitor de administração da instituição, Ricardo Pannain.
“Temos um comitê de ética e trabalhamos para diminuir, na medida do possível a utilização de animais em aulas” , disse o pró-reitor. Hoje, os mesmos ativistas que participaram do ato na PUC 2 farão uma manifestação no Largo do Rosário contra a utilização de animais em testes.Unicamp
Em nota, a Unicamp informou que está credenciada junto ao Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal, órgão do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, para realizar os testes e que possui uma comissão de ética para o uso de animais. Porém, a universidade não informou quantos e nem quais animais o Cemig abriga.
Segundo a Unicamp, são feitos testes de extratos naturais de plantas com atividades antiulcerogênicas, antitumoral, desenvolvimento de fármacos para malária cerebral, esquistossomose, leishmaniose, terapia celular, terapia com RNA de interferência, tratamento de lesões prostáticas, estudo de peçonhas em serpentes, aranhas e escorpiões, novos procedimentos cirúrgicos em múltiplas especialidades da área médica, entre outros.
http://correio.rac.com.br/_conteudo/2013/11/capa/campinas_e_rmc/125270-unicamp-reforca-seguranca-para-evitar-invasao.html
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