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Simulação de reações químicas em computador pode tornar os testes em animais desnecessários
"Usando a computação, seremos capazes de integrar dados de várias fontes, de identificar importantes características in vitro e acelerar os testes de toxidade" - Jun Huan, diretor do laboratório de Bioinformática e Ciências da Vida Computacionais da Universidade do Kansas, nos EUA
Roberta Machado -
Publicação: 10/11/2013 06:00 Atualização: 10/11/2013 09:33
(Valdo Virgo)
Brasília – O Prêmio Nobel de Química 2013, anunciado há um mês, foi dado a Martin Karplus, Michael Levitt e Arieh Warshel, cientistas que conseguiram usar a física quântica para simular processos químicos no computador. Dias depois, fotos de cães da raça beagle usados em estudos pelo Instituto Royal, em São Roque (SP), ganharam a mídia nacional e provocaram na sociedade questionamentos sobre a necessidade de testes de laboratório em animais. Os dois fatos, aparentemente desconexos, estão profundamente relacionados. Pois são os modelos computacionais de reações químicas e biológicas como os criados pelo trio de pesquisadores que podem, um dia, dar fim ao uso de cobaias em experimentos.
Na União Europeia, a proibição de cosméticos e produtos de higiene testados em animais começou há quase 10 anos, banindo primeiro os experimentos dos produtos, depois dos ingredientes, em 2009, e dando um fim na comercialização de qualquer produto do tipo em março deste ano. A mudança deu origem ao projeto colaborativo Notox, que se dedica a criar modelos de computador capazes de substituir as cobaias tradicionais. Em vez de submeter os bichos aos produtos, seriam as máquinas que dariam o aval de segurança.
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