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Proibição de abate “kosher” inflama relações entre Polónia e Israel
A Polónia encontra-se à beira de uma crise diplomática com Israel depois do parlamento de Varsóvia ter apoiado, na sexta-feira, a proibição do ritual de abate de animais praticado por judeus e muçulmanos.
A decisão da maioria dos deputados, apoiada pelas organizações de defesa dos direitos dos animais, reabre feridas do passado, num país que foi palco do holocausto nazi durante a segunda-guerra mundial.
As organizações judaicas internacionais falam de uma medida discriminatória.
Para o porta-voz da diplomacia israelita, Yigal Palmor, “esta decisão do parlamento polaco chocou-nos profundamente, pois sempre pensámos que as tradições judaicas faziam parte da história da Polónia e agora vemos os judeus a serem proibidos de levar a cabo um dos mais importantes e antigos rituais da sua religião”.
A proibição é igualmente criticada pelos criadores de gado, quando o setor da carne “kosher” e “halal” emprega mais de seis mil pessoas, representando mais de 500 milhões de euros anuais em exportações.
“É um golpe duro para a economia e agricultura polacas. Claro que o efeito não será imediato, mas as consequências vão ser sentidas dentro de seis meses a um ano”, afirma Slawomir Izdebski, líder do sindicato dos agricultores polaco.
A proibição do abate ritual de animiais, ratificada pelo parlamento encontra-se em vigor desde janeiro, depois da anterior exceção à lei ter sido considerada inconstitucional pelos tribunais polacos.
Algumas associações judaicas não hesitam em fazer um paralelo entre a atual proibição e as leis anti-semitas aprovadas pelo parlamento polaco, em 1936, antes do país ser ocupado pelas forças nazis.
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