domingo, 29 de setembro de 2013

Retrocesso em Cuiabá: CCZ volta a dispor de carrocinha

Nota: o uso da carrocinha é abominável... Cães devem ser castrados para a redução do número de animais abandonados e os doentes devem ser tratados.
Atenção eleitores de Cuiabá não votem em políticos que promovem o uso da carrocinha.
João
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CCZ volta a dispor de carrocinha

Da Reportagem

A carrocinha está de volta às ruas de Cuiabá, mas não simplesmente para capturar cães abandonados pelos donos.

O veículo que seria sinônimo de terror para quem procura o animal que fugiu de casa num momento de descuido e de alívio para aquele que abandona ou quer se livrar de cães de rua que latem em sua porta, fará recolhimento por meio de rigorosa triagem.

A médica veterinária Alessandra Carvalho, coordenadora do Centro de Controle de Zoonoses(CCZ), órgão da prefeitura de Cuiabá, explica que antes de decidir se recolhe ou não, é preciso saber se o animal é mesmo de rua, se está em risco ou arriscando a vida de alguém(seja por doença ou comportamento agressivo).

Essa triagem é feita por telefone junto às pessoas que ligam para reclamar, denunciar ou pedir ajuda sobre questões relacionadas aos próprios animais domésticos ou que estão nas ruas.

A coordenadora garante que no CCZ de Cuiabá, somente nos casos de zoonoses incuráveis, como raiva e leishmaniose visceral, os animais são mortos, depois de passar por exame laboratorial confirmando o diagnóstico. A morte acontece por meio da eutanásia, com pré-anestesia e medicação indolor, garante a coordenadora.

A capital mato-grossense não registra casos de raiva canina desde 2007, mas recebe muitos animais com leishmaniose visceral, doença transmitida ao ser humano por meio do mosquito que picou o animal infectado.

São entre 10 e 20 coletas de amostras de sangue por semana de cães com sinais da doença, suspeito de contaminação ou que convivem com animais contaminados.

O entendimento da veterinária Alessandra Carvalho é que existe uma divisão na população sobre o que significa ter um animal sob sua responsabilidade. “Tem a parte que alimenta, cuida da saúde e dá amor até o fim da vida, e outra que o abandona na primeira dificuldade”, completa.

Preocupada com o abandono dos bichos de “estimação”, o CCZ está fazendo uma campanha sobre “posse responsável”. Um folder produzido pelo órgão alerta que abandonar é crime, previsto na lei 9605/1998, e ensina sobre o tempo de vida, atenção à saúde, segurança e outras responsabilidades.

Alessandra observa que antes de ter um animal é preciso pensar muito, saber que o cachorro, por exemplo, vive entre 12 e 18 anos, portanto, vai crescer, envelhecer e morrer sob os cuidados do dono.

É importante, reforça, que a pessoa saiba que a vida do animal tem fases e que para cada uma delas pode ter problemas. Na velhice, pode ficar cego, perder os dentes, tem alteração de humor. Que no fim da vida dependerá daquele do dono para funções mais simples. (AA)
http://www.diariodecuiaba.com.br/detalhe.php?cod=439438

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