domingo, 22 de setembro de 2013

Mercado vegano conquista espaço no País

 23/09/2013

Empreendimentos surgem para suprir demanda de 8% da população que se declara vegetariana e daqueles que não usam produtos com insumo animal
Adriana Lampert

GILMAR LUÍS/JC

Oliveira criou alternativas no menu do restaurante que contemplam os 20% de clientes que não consome

Na contramão do que grande parte do mercado alimentício, de vestuário e de higiene e beleza (entre outros setores) oferece aos consumidores, cresce no Brasil e no mundo o número de pessoas que demandam produtos livres de insumos de animais. Entendida como cruel por esse grupo, a exploração da carne, da lã, do couro e do leite, entre outros produtos, está longe de ser extinta, mas há quem clame pela liberdade dos bichos a ponto de mudar radicalmente seu estilo de vida. Atentos a essa oportunidade de negócio, empreendedores de diversos setores do País estarão reunidos, de 25 a 29 de setembro, em Curitiba, para discutir o assunto, durante o IV Congresso Vegetariano Brasileiro (Vegfest). A ideia principal é incentivar a criação de novos negócios no ramo.

Na área de alimentação, há uma gama de possibilidades que nascem para atender a cerca de 8% da população no Brasil que se declara vegetariana (segundo o Ibope). O nicho tem atraído cada vez mais investidores, até porque esse volume tende a aumentar. Segundo dados da Ipsos Brasil Pesquisa de Mercado, 28% dos brasileiros desejam reduzir o consumo de carne em sua dieta. Boa parte dos vegetarianos ainda adota a filosofia vegana, que aborta o consumo de qualquer produto de origem animal na alimentação, como laticínios e ovos, por exemplo. “Esse é um mercado em ampla expansão. Hoje temos leite condensado, creme de leite, diversos tipos de enlatados, embutidos e congelados, além de queijos e tantos outros produtos sem nenhum tipo de componente de origem animal”, comenta a conselheira da Sociedade Vegetariana Brasileira, Mônica Buava. Ela observa que o mercado de produtos vegetarianos, integrais e orgânicos movimentou R$ 40 bilhões em 2011 e destaca que, na última década, os negócios com o conceito vegano cresceram muito, facilitando a vida de quem quer manter uma dieta estritamente elaborada por produtos veggies, como são chamados.

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