Teoria e práxis 24/08/2013 |
Peter Singer aborda questões controversas como aborto, eutanásia e direitos dos animais em sua obra
Artigo do professor Ricardo Bins di Napoli apresenta o convidado do Fronteiras do Pensamento
Nascido em Melbourne, Peter Singer estudou em Oxford com nomes centrais da filosofia contemporânea
Foto: Denise Applewhite / Fronteiras do Pensamento
Ricardo Bins di Napoli*
Professor do Programa de Pós-graduação em Filosofia da UFSM
Certamente Peter Singer está entre os filósofos que, como Kwame Anthony Appiah, conseguiram muito atrair a atenção do público leigo, tanto de seus países como de muitos outros, onde suas obras tornaram-se conhecidas e traduzidas. Sua atuação foi importante tanto em termos acadêmicos como em termos sociais. Menciono em particular o seu papel na fundação da revista internacional Bioethics e o apoio para a criação da International Association of Bioethics (1992).
Singer nasceu em Melbourne (Austrália) em 1946. Filho de pais austríacos de origem judaica, imigrantes que chegaram ao novo país em 1938, fugindo da anexação nazista da Áustria. O pai, que vivia da comercialização de café, levou algum tempo para dar o sustento que queria para sua família, pois os australianos estavam habituados a tomar chá. Neste ínterim, sua mãe, formada pela escola médica de Viena, pôde trabalhar – após ser aprovada nos duros exames para obter a licença para exercer a profissão na Austrália – e, ao contrário de muitas mulheres de sua época, prover o sustento da família na "nova terra".
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