quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Cachorro de rua atropelado é responsabilidade de quem?

Animais abandonados
29/01/2014 |

Cachorro de rua atropelado é responsabilidade de quem?
Leitora recolhe cadela doente e machucada, leva à Diretoria de Bem Estar Animal de Florianópolis e consegue tratamento, mas não pode deixar bicho no local


Cachorro de rua atropelado é responsabilidade de quem? Andréia Paula/Divulgação
Branquinha está em tratamento e à espera de um lar
Foto: Andréia Paula / Divulgação
André Amaral
andre.amaral@horasc.com.br
Há 15 dias a empresária Andréia Arruda de Paula, 30 anos, dona de um comércio em Santo Antônio de Lisboa e moradora do Cacupé, dirigia pela estrada do bairro situado no Norte da Ilha quando encontrou uma cachorrinha atropelada. Era Branquinha, que estava com uma fratura na pata e  sarna em várias partes do corpo. Naquele momento, não pensou duas vezes: pegou o animal, botou dentro do carro e levou à Diretoria de Bem Estar Animal do Centro de Controle de Zoonoses de Florianópolis.

— Não podia fazer de conta que não tinha visto — relata.

Ao chegar no local, a canina foi devidamente atendida e medicada pelos médicos veterinários da equipe, sendo levada para continuar o tratamento no comércio de sua salvadora. No entanto, Andréia se viu obrigada a retirar o animal do lugar, retornando com a mascote para a Diretoria de Bem Estar Animal, onde pensou que poderiam acolher a cadelinha até que seu tratamento fosse concluído e ela pudesse ser adotada.
Porém, a situação não foi exatamente como imaginara.

— Eles não aceitaram. Disseram que não tinham condições de receber animais. Questionei se, então, eu deveria tê-la deixado na rua, e a pessoa que me atendeu disse que eu fizesse o que me fosse conveniente, sugerindo inclusive que eu a soltasse na rua novamente ou fizesse a eutanásia — conta.

Contrariada, Andréia retornou com o animal para casa, em busca de uma família que deseje adotá-la.

— Na minha opinião esta postura deles desestimula boas ações como a minha. Afinal, o único local que poderia me ajudar não me deu o amparo necessário — opina.

"Não é depósito"

Apresentado ao caso, o diretor de Bem Estar Animal, Eduardo Cavallazzi, explicou que, de fato, o local não pode absorver casos como este, limitando-se ao atendimento de animais machucados.

— Somos uma unidade de saúde animal para pessoas que não têm condições de levar o bichinho num veterinário particular. Não somos um depósito. Não podemos pegar todos os cerca de 15 mil animais de rua de Florianópolis — explicou o diretor, informando ainda que Florianópolis não conta com um lugar destinado a esta finalidade.

E sobre a avaliação de Andréia, Cavalazzi argumenta que, apesar das boas intenções, ela, assim como qualquer outro cidadão responsável, deveria fazer "a parte dela e ficar responsável pelo animal até que este seja devidamente adotado após uma campanha de adoção".

Você quer adotar a Branquinha?

Se você gosta de animais, tem tempo, carinho e condições financeiras suficientes para adotar a Branquinha, ligue para a Andréia no telefone (48) 9961-4029. A amizade é garantida!

Encontrou um animal que precisa de atendimento?

Se você encontrou um animal abandonado, ou não tem condições financeiras de arcar com o tratamento de seu bichinho de estimação, ligue para a Diretoria de Bem Estar Animal nos telefones (48) 3237-6890 ou (48) 3234-5677. Mas lembre-se: o local, situado na Rodovia SC-401, no bairro Itacorubi,  atende e medica, mas não recolhe animais.
http://diariocatarinense.clicrbs.com.br/sc/noticia/2014/01/cachorro-de-rua-atropelado-e-responsabilidade-de-quem-4403704.html

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