domingo, 21 de outubro de 2012
Curso técnico de escola de Canoas (RS) explora e mata gatos em aulas de vivissecção
Pedagogia da desumanidade
Curso técnico de escola de Canoas (RS) explora e mata gatos em aulas de vivissecção
21 de outubro de 2012
Por Robson Fernando de Souza (da Redação)
Aluna segura pele de gato esfolado depois de aula no curso técnico de Química do Colégio Luterano Canoas. Foto: Arte Anda/Divulgação/Facebook
Um caso de vivissecção vem revoltando o Brasil. Está acontecendo no Colégio Luterano Concórdia, no município de Canoas (RS), e envolve a exploração e matança de gatos em aulas do curso técnico de Química.
Em fotos reproduzidas no Facebook, alunas aparecem segurando cabeças e patas decepadas de gatos que haviam sido vivisseccionados e mortos nas aulas. Em outra foto, aparece um gato dissecado, de tronco aberto e com as entranhas à mostra. Em outra, uma aluna mostra a pele de um outro gato, que havia sido esfolado.
Aluna brinca com cabeça decepada de gato, em laboratório do colégio. Foto: Arte Anda/Divulgação/Facebook
E o pior de tudo é que tudo isso é permitido pela Lei 11.794/2008 , mais conhecida como Lei Arouca. Outrora, a vivissecção era proibida em cursos de nível médio, de educação básica ou profissionalizante, mas, com a sanção da Lei Arouca, a lei 6.638/1979, que estabelecia essa proibição, foi revogada e a exploração de animais para fins educacionais se tornou permitida em “estabelecimentos de educação profissional técnica de nível médio da área biomédica”, conforme o Artigo 1º, § 1º, inciso I da lei mais recente – supondo-se que o curso de Química também pode ser voltado para fins biomédicos.
Mas, como todos os defensores animais sabem, nem tudo que é legal é ético e moral. As imagens mostram como os alunos do curso do colégio em questão vêm sendo acostumados a serem totalmente frios e desumanos contra os animais não humanos. Mostra-se como eles vêm aprendendo a ser profissionais descompromissados com o respeito à vida (animal humana e não humana) e com a ética profissional das profissões que irão trilhar com sua formação técnica em Química.
O colégio em questão também vem se mostrando ao Brasil como um exemplo negativo de formação ético-moral de seus alunos, ao não só explorar animais como se fossem objetos e descartar suas vidas como lixo, mas também a brincarem com cadáveres e pedaços decepados dos mesmos, tratando a vida animal humana e não humana como algo fútil, descartável e sem qualquer valor intrínseco.
Pata arrancada de cadáver de gato, em aula prática no curso técnico de Química do colégio de Canoas. Foto: Divulgação/Facebook
É possível realizar três formas de protesto:
a) E-mails denunciando a postura do colégio e de seus alunos em promover o desrespeito e banalização da vida devem ser enviados ao e-mail 27cre@seduc.rs.gov.br, da coordenadoria regional de educação de Canoas;
b) Mensagens de repúdio podem ser enviadas à página do Colégio Luterano Concórdia no Facebook e ao e-mail do mesmo, de modo que os responsáveis pelo colégio saibam que a opinião pública é contrária à educação anti-humanista e anti-humanitária que a instituição vem promovendo;
c) Protestos das entidades de defesa animal do Rio Grande do Sul precisam marcar protestos na frente da escola, contra a postura da instituição de explorar e matar gatos para fins ditos educativos.
http://www.anda.jor.br/21/10/2012/curso-tecnico-de-escola-de-canoas-rs-explora-e-mata-gatos-em-aulas-de-vivisseccao
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